O óleo de girassol é rico em ácidos graxos essenciais, principalmente ácido linoleico e oleico, que exercem importante papel como mediador pró-inflamatório, a fim de ocasionar um aumento considerável da migração de leucócitos e macrófagos para a região lesada. Além disso, essa substância regula processos que precedem a mitogênese de células fibroblásticas auxiliando a reconstituição do tecido danificado e/ou perdido
Óleo de Girassol Ozonizado
No processo de fabricação do óleo de girassol ozonizado é usado a semente do girassol (Helianthus annuus L.), planta da família Compositae. Trata-se de uma planta oleaginosa de grande importância devido à excelente qualidade do óleo extraído de suas sementes que pode ser utilizado em diversas formas, tais como fonte de alimento, biocombustível e matéria-prima em cosméticos (CORREIA et al., 2014). O óleo de girassol é rico em ácidos graxos essenciais, principalmente ácido linoleico e oleico, que exercem importante papel como mediador pró-inflamatório, a fim de ocasionar um aumento considerável da migração de leucócitos e macrófagos para a região lesada. Além disso, essa substância regula processos que precedem a mitogênese de células fibroblásticas auxiliando a reconstituição do tecido danificado e/ou perdido
A pele possui um mecanismo de reparo robusto e eficaz a fim de manter a homeostase para a sobrevivência do organismo, portanto a cicatrização de feridas cutâneas é o processo pelo qual a pele se repara, após uma lesão causada por cirurgia, trauma e/ou queimaduras (MANDELBAUM, DISANTIS e MANDELBAUM, 2003).
O processo de cura é dividido em quatro fases: (i) coagulação (hemostasia), (ii) inflamação, (iii) proliferação (granulação) e (iv) remodelação (maturação).
O óleo de semente de girassol, que possui em sua constituição química alta concentração de ácido linoléico, pode ser considerado como uma alternativa terapêutica de baixo custo e acessível para o processo de cicatrização microscópica e clínica de feridas. Os resultados da literatura relatam a eficiência dos ácidos graxos essenciais na cicatrização de feridas. O ácido linoléico e ácido araquidônico não são apenas importantes na manutenção da barreira cutânea à perda de água, mas também como precursor das prostaglandinas. Além de atuarem na regulação da divisão celular, diferenciação da epiderme e, consequentemente, no controle da descamação da pele. O óleo de girassol com alto teor de ácido linoléico pode reverter e curar tanto lesões escamosas quanto dermatose (WENDT, 2005).
Danos à pele frequentemente provocam feridas ou perda extensa de tecidos e então para o reestabelecimento da integridade funcional da região afetada, uma série de eventos de migração celular são desencadeados para que o processo de cicatrização cutânea ocorra. No entanto, em algumas feridas este processo complexo de cicatrização pode ser dificultado frente a um agravamento por infecções virais, bacterianas e fúngicas. Como uma saída interessante, pesquisas tem mostrado que o uso da ozonioterapia em óleos vegetais, incluindo o óleo de girassol, pode ser um excelente candidato terapêutico antimicrobiano para algumas patologias, tais como necrose, pós traumas ou queimaduras, dentre outras. Em um recente trabalho publicado, os autores estudaram a estrutura química do óleo de girassol ozonizado
O óleo de semente de girassol, no entanto, melhorou significativamente a recuperação da função de barreira da pele, com um efeito que se manteve cinco horas após a aplicação (KANTI et al., 2014).